14 de dezembro de 2010

Instantes

Com cadernos e livros nas mãos

Passava todos os dias apressadamente

Em minha calçada

Não sabia se ela tinha namorado

Apenas notava seu lado responsável e sério

Admirava-lhe por esta seriedade

Além de tudo, deixava seu rosto até mais bonito

Era minha vizinha,

Era minha alegria matutina

Não entendia como nem sequer nos conhecíamos formalmente,

Afinal, éramos vizinhos

Mas sentia um carinho forte por aquela garota,

Algo que me deixava maravilhado imaginando como seria tocar suas mãos

Passaram-se dois meses e não a vi mais

Mudou de cidade. Foi estudar noutra universidade.

Um dia já estava quase batendo à porta de seus pais

Quando ouvi o barulho de muitas pessoas conversando na rua, muitos risos

Era ela, a minha menina que havia chegado para passar as férias com a família

Apesar de tudo, me contive.

Esperei o momento certo e finalmente parei-a na rua, me apresentei, convidei-a para caminhar

Sobre quase tudo conversamos.

Mais do que pensei, ela era muito educada, atenciosa, meiga.

Durante três meses vivenciamos coisas juntos,

E foram meus dias mais felizes.

Mas depois das férias ela se foi

E nunca mais sorri.

3 comentários:

  1. eba!
    ecreveu!

    que bonita a história
    eu gosto muito de escrever sobre mulheres
    tenho até uns com eu-lírico masculino

    =)

    ResponderExcluir
  2. Pois é...escrever como se fosse outra pessoa é novo. Mas curti.

    ResponderExcluir
  3. Essas mulheres, ceifadeiras, roubadoras de sorrisos...

    Belo texto Nic. =)

    ResponderExcluir