14 de dezembro de 2010

Minhas rugas

Quando chega a noite

Lembro daqueles dias em que me sentia sozinho.

Deitava e pensava em tudo o que acontecia,

Perguntando-me se já havia terminado minha curiosidade.

Eu era tão jovem!

Não sei por que me questionava a mesma coisa sempre.

Um dia percebi que as experiências nunca cessarão,

Que viver é a maior aprendizagem de que um ser pode usufruir.

Os primeiros passos de uma criança,

Um sorriso de agradecimento,

Conhecer alguém,

A morte e muito mais podem nos ensinar muito.

Os anos que vivi foram preenchidos de observação,

De atitudes, medos,

Apegos e desapegos,

Amores mal compreendidos, platônicos,

Outros encantadores.

Hoje olho pra trás e analiso quão boa foi minha vida

Pois todos os sentimentos me permiti conhecer

Alguns me fizeram chorar feito criança,

Pensei até em fuga,

Mas compreendi que tudo aquilo valeu a pena.

Fez-me amadurecer,

Conheci pessoas lindas,

Também conheci a maldade,

Mas nada me fez desistir.

E hoje conto minhas aventuras aos meus netos,

Não pretendendo que eles não façam o que fiz de errado ou aproveitem para tentar algo que deu certo,

Mas com o propósito de mostra-lhes como viver é excitante,

Pois nunca saberemos se o caminho terá uma saída,

Só tentando consegue-se descobrir onde o sol brilhará mais forte.

A essa altura da vida ainda sou aluno.

As dores me tomaram,

A beleza já não existe,

Sinto-me cansado,

Mas feliz e agradecido por tudo.

3 comentários:

  1. 'A morte e muito mais podem nos ensinar muito.'

    gostei...

    e como assim não há beleza
    um mulherão desse falando isso....
    tsc tsc

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. "... E se eu fosse o primeiro a voltar
    pra mudar o que eu fiz
    Quem então agora eu seria?
    Ah, tanto faz
    Que o que não foi não é
    E eu sei que ainda vou voltar
    Mas eu, quem será?"

    Os olhos da velhice veem a vida com mais ternura

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