30 de dezembro de 2010

Feliz ano novo!

Que o novo ano venha cheio de realizações,
mais surpresas,
novidades,
esperança e
paz.

Sonhemos então hoje o que queremos ser e ter,
como poderemos ser melhores pra alguém e pra nós mesmos.

A cada virada renovam-se as energias e vontades de um dia melhor, por isso desejo a todos que conheço ou não muita paz e consciência para fazê-la se concretizar em nosso interior!!

15 de dezembro de 2010

Olhos nos olhos/Chico Buarque

Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando,
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim,
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você diz.
Quero ver como suporta me ver tão feliz



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É impressionante como há músicas que tocam bem no fundo da alma.

Nem é preciso está na situação em que ela diz.

Essa música é muito forte. Perfeita, embora triste.

14 de dezembro de 2010

Instantes

Com cadernos e livros nas mãos

Passava todos os dias apressadamente

Em minha calçada

Não sabia se ela tinha namorado

Apenas notava seu lado responsável e sério

Admirava-lhe por esta seriedade

Além de tudo, deixava seu rosto até mais bonito

Era minha vizinha,

Era minha alegria matutina

Não entendia como nem sequer nos conhecíamos formalmente,

Afinal, éramos vizinhos

Mas sentia um carinho forte por aquela garota,

Algo que me deixava maravilhado imaginando como seria tocar suas mãos

Passaram-se dois meses e não a vi mais

Mudou de cidade. Foi estudar noutra universidade.

Um dia já estava quase batendo à porta de seus pais

Quando ouvi o barulho de muitas pessoas conversando na rua, muitos risos

Era ela, a minha menina que havia chegado para passar as férias com a família

Apesar de tudo, me contive.

Esperei o momento certo e finalmente parei-a na rua, me apresentei, convidei-a para caminhar

Sobre quase tudo conversamos.

Mais do que pensei, ela era muito educada, atenciosa, meiga.

Durante três meses vivenciamos coisas juntos,

E foram meus dias mais felizes.

Mas depois das férias ela se foi

E nunca mais sorri.

Minhas rugas

Quando chega a noite

Lembro daqueles dias em que me sentia sozinho.

Deitava e pensava em tudo o que acontecia,

Perguntando-me se já havia terminado minha curiosidade.

Eu era tão jovem!

Não sei por que me questionava a mesma coisa sempre.

Um dia percebi que as experiências nunca cessarão,

Que viver é a maior aprendizagem de que um ser pode usufruir.

Os primeiros passos de uma criança,

Um sorriso de agradecimento,

Conhecer alguém,

A morte e muito mais podem nos ensinar muito.

Os anos que vivi foram preenchidos de observação,

De atitudes, medos,

Apegos e desapegos,

Amores mal compreendidos, platônicos,

Outros encantadores.

Hoje olho pra trás e analiso quão boa foi minha vida

Pois todos os sentimentos me permiti conhecer

Alguns me fizeram chorar feito criança,

Pensei até em fuga,

Mas compreendi que tudo aquilo valeu a pena.

Fez-me amadurecer,

Conheci pessoas lindas,

Também conheci a maldade,

Mas nada me fez desistir.

E hoje conto minhas aventuras aos meus netos,

Não pretendendo que eles não façam o que fiz de errado ou aproveitem para tentar algo que deu certo,

Mas com o propósito de mostra-lhes como viver é excitante,

Pois nunca saberemos se o caminho terá uma saída,

Só tentando consegue-se descobrir onde o sol brilhará mais forte.

A essa altura da vida ainda sou aluno.

As dores me tomaram,

A beleza já não existe,

Sinto-me cansado,

Mas feliz e agradecido por tudo.

29 de novembro de 2010

A busca

Ganhei o filme Into the Wild há dois anos. Lembro que naquele dia eu não estava bem comigo, passava por uma dificuldade boba, mas que não me fazia bem. Então este filme veio como um consolo pra alma, fez-me pensar sobre o que é importante de verdade pra mim. Na época me senti muito bem.
Ontem revi aquela maravilha de longa e mais uma vez me sinto bem ao mesmo tempo em que repenso atitudes, valores, ideais.
E percebi uma coisa: estou desfocada daquilo que pretendo nesta vida. É como se estivesse apenas aproveitando meus dias, como um parasita. Mas, o que tenho feito de bom pra alguém? Que contribuição tenho dado ao mundo? Quem eu tenho sido?
Teoricamente penso que poderia procurar uma forma de ajudar pessoas doentes, órfãs, idosas. Ou quem sabe apenas ouvir os problemas de alguém. Talvez se eu começasse reconhecendo o valor de pessoas tão próximas e mais que isso, contar a elas desse valor especial que cada uma possui.
Bom, talvez nem seja isso que quero. Mas o desejo de me encontrar cresce a cada instante, mas ainda bastante bloqueada.

Já que falei do filme vou postar a letra de uma das músicas, que aliás são todas do cantor Eddie Vedder.

Long Nights

Eddie Vedder

Have no fear
For when I'm alone
I'll be better off than I was before

I've got this light
I'll be around to grow
Who I was before
I cannot recall

Long nights allow me to feel
I'm falling I am falling
The lights go out
Let me feel
I'm falling
I am falling safely to the ground

I'll take this soul that's inside me now
Like a brand new friend
I'll forever know

I've got this light
And the will to show
I will always be better than before

Long nights allow me to feel
I'm falling I am falling
The lights go out
Let me feel
I'm falling
I am falling safely to the ground


8 de novembro de 2010

Chorando e Cantando


Quando Fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua
No ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri a gente chora
a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Faz mais
Depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer
Faz desacreditar de tudo
E depois
Depois amor ô, ô, ô, ô
Ninguém, ninguém
Verá o que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguém verá o sonho
Que eu sonhei
Um sorriso quando acordar
Pintado pelo sol nascente
Eu vou te procurar
Na luz
De cada olhar mais diferente
Tua chama me ilumina
Me faz
Virar um astro incandescente
O teu amor faz cometer loucuras
Faz mais
Depois faz acordar chorando
Pra fazer acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer
Faz desacreditar de tudo
E depois
Depois do amor ô, ô, ô, ô
Composição: Geraldo Azevedo / Fausto Nilo


Simplesmente fantástica.
Tenham um lindo dia.

27 de outubro de 2010

Re-conhecer

De repente foram brilhando seus olhos distantes.
Quando pensei que não,
fui pega de surpresa
ao perceber
que você era quem eu procurava.

Me assustei, avaliei,
reconheci que estava abrigada.

Mas como pode isso acontecer?
Uma mesma pessoa
mostra-se diferente,
uma outra,
Depois de longo tempo,

E dessa descoberta sentir-me em paz,
sentir-me mais uma vez encantada.

24 de outubro de 2010

Feminino Frágil/Silvia Machete

Sai da sombra e vem pro sol
Deixa o nosso amor brilhar
Eu sou fácil de esquentar
É gentil meu feminino frágil
Meu dom e minha graça
Meu azul, minhas pirraças
No culto da pureza
Das santas fui tereza
Sem você me sinto presa
Durmo na felicidade
Acordo no meio da noite
E fico mais feliz
Quando vejo que é você
Tudo pelo abrigo
Meu feminino frágil
Sai da sombra e vem pro sol
Deixa o nosso amor brilhar



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Hoje é um dia sensível,
excessivamente.
As lágrimas não decidem-se em cair.
Essa música, então, veio acalmar.

Segredos

Todas as pessoas guardam em seu profundo íntimo alguma obscuridade; um segredo; algo que não pretendem expor.
Não existe pessoa certa, que nada de errado o faça. Mas o que seria o errado? Uma questão de visão; de costume; de paradigma. Então, de certa forma, alguém sempre está errando, ao passo que também acerta.
Mas voltando aos segredos obscuros, já vi e soube de coisas muito surpreendentes. Coisas que me levaram a pensar o quanto estranho pode ser o ser humano, às vezes desumano.
Somos covardes, egoístas. Temos medo de ser e fazer. Mas para que os desejos, sejam eles os mais variados, sejam realizados, optamos por encondê-lo, guardando-o como um tesouro perdido, no fundo de nossa alma.
Por isso, nunca julgue aquilo que parece repugnante, pois é íntimo demais expor esse tipo de coisa e sabemos disso porque também somos assim.
Menti?

8 de outubro de 2010

Revolta nº 2

Grosseria é uma coisa que realmente me irrita, me deixa nervosa, furiosa até o talo, como diria o nordestino. Acho muita falta de educação misturada a uma insensibilidade humana.
Mas, há outra coisa que é pior que do que a grosseria, julgamento errôneo. Hoje precisei de alguém, pra conversar, desabafar uma coisa que tava me sufocando e fazendo mal. Procurei essa pessoa e recebi uma resposta do tipo: agora você me procura. Sabe uma cobrança baseada numa acusação sem fundamento? Isso me irritou bastante até que lágrimas me aliviaram um pouco. É, foram elas que me salvaram.
Bom, mas como eu dizia, acho muito covarde esses dois tipos de comportamentos. Quem bem tiver noção, nunca agirá assim com ninguém, pois maltrata, faz sofrer, faz doer uma ferida que às vezes nem era tão grande.

29 de setembro de 2010

Cinzas

Vivo num estado confuso entre o ser e o querer ser,
longe de qualquer autenticidade,
transformando-me naquilo que tenho receio.
Fujo daqui,
chorando sonhos distantes.
Meu eu se vai prum lugar chamado distância,
onde ser feliz não se pratica,
onde há banalização de sentimentos.
Eu quero voltar.
As cinzas que sobraram do meu sorriso se vão
com a brisa que sopra feito um destino,
que rouba os sonhos,
que maltrata como uma doença.
Triste fim de noite.

A Internet no auxílio à Educação

*Surgida no final da década de 60, a Internet abrange uma grande fonte de informações sobre todas as áreas, o que permite às sociedades gerais o encurtamento de distâncias, maior facilidade de acesso a conteúdos, infinidade de materiais que permitem que o conhecimento seja disseminado, dentre muitos outras utilidades.
Através da Internet, o usuário tem acesso a diversas fontes informacionais, isto é, trata-se de um meio propício à pesquisa, é tanto que a escola, ao longo do tempo, tem perdido o lugar oficial de educadora; o mundo virtual passou a ser uma das maiores formas de conhecimento cujo acesso é fácil, salvo em países onde o desenvolvimento econômico ainda é tardio.
Uma situação que tornou-se preocupação para os pais de família é a demanda exagerada de seus filhos pelo acesso ao computador, principalmente pelo uso da Internet onde eles encontram uma imensa gama de entretenimento, muitas vezes dispersando-os dos estudos.
Por outro lado, acredito numa prática cada vez mais intensa da produção escrita e de leitura. Sites de relacionamento (cada vez mais acessados no Brasil), por exemplo, permitem que seus usuários desenvolvam argumentos à medida que opinam em determinados tópicos nas “comunidades”; os “blog’s” também vem permitindo a criatividade dos usuários ao escreverem sobre os diversos temas existentes e, ao mesmo tempo, aguçando o interesse pela leitura dos mesmos por outros usuários, assim, encurtando o caminho para o conhecimento cultural.
Talvez a tecnologia esteja contribuindo para a inconsciente ação de maiores leituras e escritas, o que num país cujo índice de formação intelectual é baixo, acaba tornando-se uma excelente forma de mudança desta problemática.
Porém, o uso dessa ferramenta precisa ser orientado para que seus usuários, principalmente os iniciantes, façam uso de forma proveitosa não entregando-se totalmente ao vícios virtuais, como é o caso do mal costume de adesão à escrita abreviada. Esse hábito leva o usuário a constrangimentos, em caso de desatenção, em situações extra virtuais como a possível necessidade de desenvolver uma redação para concursos ou seleção profissional, como exemplos.
É preciso estar atento para que o uso do computador/internet não torne-se um entrave no crescimento intelectual individual. Usufruir com responsabilidade acaba sendo uma notável fonte de ascensão social e, por que não dizer, pessoal?!


*Este texto foi retirado do meu antigo blog sobre Educação.

27 de setembro de 2010

Um dia melhor há de vir

Por mais dura que seja a vida,
amargamente indesejosa muitas vezes,
acredito nos dias melhores,
na paz espiritual, no sorriso.

É preciso fé, esperança e vontade
de ir adiante em busca de viver
coisas boas, coisas novas.

Não desistirei,
caminharei em busca desse propósito,
e sinto que tem sido válido pensar assim.

24 de setembro de 2010

Tão longe e tão perto

Mesmo distante sinto seu cheiro,
ouço sua voz sussurrando para mim,
tentando me controlar.

E cada vez que sonho com você,
acordo em estado de prazer,
um prazer nunca antes vivido fisicamente.

Porém, é com você, distante,
disperso de minha pele,
por quem sinto um carinho diferente.

Algo que não saberia explicar,
e mesmo se assim eu o fizesse,
desfazeria-se toda essa sensação.

Pois o que me faz sentir
me tranquiliza,
reanima,
muito mais do que se estivesse aqui ao meu lado.

Revolta nº 1

Eu pensava que já tinha me assustado o bastante com o ser humano, inclusive comigo.
Mas, volto a dizer, as pessoas são surpreendentemente desprezíveis, às vezes.
Ontem encontrei alguém por quem tive grande consideração e carinho no passado, e continuo tendo. Apesar de ter tido algumas surpresas com ele, não sabia que isso poderia piorar. Me olhou, fingiu nem reconhecer. Agora pergunte o que temos um contra o outro. Absolutamente nada de mal. Então, o que leva uma pessoa a ter atitudes desse tipo? Pura falta de noção ou de caráter? Não sei qual é pior.
É uma pena.

20 de setembro de 2010

Conflitos em mim



Tenho vivido os últimos dias um tanto estranhamente.
Mais uma vez reconheci uma pessoa em mim.
Digo reconheci mesmo
porque muitas vez pareço ser mais de uma. Como se meus "eus" se revezassem para eu viver distintas vidas. Que viagem!
Mas, como eu dizia, ando pensativa. Aliás, sempre reflito demais sobre tudo, então não seria novidade.
Tenho entrado em conflito comigo quanto ao meu limite; até onde posso ir no relacionamento familiar, com amigos e afetivos.
Em casa tenho ou tive algumas dificuldades em relação a minha irmã ser uma pessoa muito difícil de lidar. Muitas vezes perco a paciência e acabo por me fechar pra ela; uma espécie de auto-proteção do ego.
Com amigos é mais curioso. Sinto-me totalmente à vontade pra opinar nos problemas deles (claro que eles me deram abertura). Juro que procuro ser o mais sensata e justa possível. Nem sempre dou razão a eles. Mas percebi que acabo contribuindo com a formação de opinião deles para com outras pessoas. Talvez eu devesse gostar disso, mas não gosto.
Ultimamente não me envolvo muito em determinados assuntos polêmicos, por escolha própria, pra evitar influenciar a cabeça alheia.
E, na relação amorosa, sinto-me cada vez mais experiente. De coisas boas e ruins também.
Meu coração está abalado; em choque. Nestes dias não consigo pensar direito por isso e não estou sabendo até onde vai a emoção.
Não sei mais o que vale a pena ser. Estou confusa comigo e parece que virá uma mudança. Outra Nic?
Apesar dessas dificuldades, que não são tão relevantes assim, se pensar direito, gosto de viver.
Aprecio cada vez mais as vivências com pessoas porque são nesses momentos que me reconheço.
Seja lá qual eu for.

15 de setembro de 2010

BiD - Bambas & Birita



Estava eu navegando em busca de novos sons, artistas e etc.
Encontrei um tal de Eduardo Bidlovski, BiD, produtor musical que
reuniu no disco Bambas & Biritas, vol. 1, alguns dos artistas que gosto. Que coisa, não!
Como exemplo temos Elza Soares e Chico Science, Rappin Hood, Seu Jorge, além de outros.
A faixa 4, com interpretação de Seu Jorge, é uma das minhas preferidas. Ouçam!


01. Não Pára
02. Na Noite se Resolve (part. Black Alien e DJ Soul)
03. Maestro do Canão (part. Rappin' Hood e Funk Buia)
04. E Depois... (part. Seu Jorge)
05. Fora do Horário Comercial (part. Marku Ribas)
06. Mandingueira (part. Elza Soares)
07. Saudades da Black Rio (part. Carlos Da Fé)
08. Soul Survivor (part. Dasez e Muhammad Mubashir)
09. Terra Vista (part. Cine-Lândia)
10. Roda Rodete Rodeano (part. Chico Science) (track bonus)
11. Estou Bem Longe (Do que Me Faz Mal) (track bonus)

Download: http://www.mediafire.com/?mnvnnwuyvni#1

5 de agosto de 2010

Clube da Esquina ll

Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem se lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, asso, asso
Asso, asso, asso, asso, asso, asso
Porque se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogênios
Ficam calmos, calmos
Calmos, calmos, calmos
E lá se vai mais um dia
E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração na curva
De um rio, rio, rio, rio, rio
E lá se vai...
E lá se vai...
E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio-fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente, gente
Gente, gente, gente, gente, gente..

(Lô Borges / Márcio Borges / Milton Nascimento)




Essa música é muito linda, transmite uma paz.
Meu dia será melhor por ouví-la hoje!
Tenham a mesma sorte.

4 de agosto de 2010

MPB de qualidade é assim




Vale a pena parar e ouvir com atenção.
Contém 12 faixas belíssimas!

Alceu Valença e Geraldo Azevedo - Quadrafônico
1972


1 - Me dá um beijo

2 - Virgem Virginia

3 - Mister mistério

4 - Novena

5 - Cordão do Rio Preto

6 - Planetário

7 - Seis horas

8 - Erosão

9 - 78 rotações

10 - Talismã

11 - Ciranda de Mãe Nina

12 - Horrível

Amor x Paixão

Algumas pessoas estranham quando afirmo que não acredito em amor. Há anos me consideram pessimista ou dizem ainda que tive algum trauma que me fez pensar assim. Realmente foi a partir de uma decepção amorosa que passei a repensar esse termo. Não chamaria de trauma.
Acontece que o que para muitas pessoas determinados sentimentos e atitudes são chamados de amor, para mim não passa de uma grande paixão. Não acredito que todo ser humano seja capaz de amar; mas, claro, acredito em raras exceções, as quais ainda não conheço. Vou tentar explicar minha posição.
Tudo na vida tem relação com definições e nesse caso não é diferente.
Relacionamentos não são perfeitos, nenhum deles, quaisquer que sejam. E sabe por quê? Porque somos humanos, somos carnais. Somos egoístas. Sim! Queremos sempre uma espécie de conforto emocional. No momento em que o outro nos proporciona isso, tudo está bem. Caso contrário, surgem as brigas refletidas através de cobranças e agressões verbais.
Precisamos assumir nossa incapacidade de viver um relacionamento onde tudo seja perfeito, pois isso não existe!
Dizer que se ama alguém é pura confusão de sentimentos; é insistir numa realidade inexistente para nós. Pois amar significa muito mais do que se pode imaginar e praticar. O amor é um estado de elevação muito puro. É saber perdoar verdadeiramente, descartando qualquer angústia interior. Perdão que vem de dentro. Mais que isso, amar requer total liberdade; deixar que nosso par sinta-se livre pra viver como, onde e com quem quiser. O amor não se deixa invadir pelo ciúme doentio, que fere e amarga uma relação. Mas sente prazer em compartilhar dos momentos bons vividos, ignorando totalmente o egoísmo. As pessoas não serão felizes apenas em nossa companhia, há uma vida para todos nós. Mas costumamos menosprezar a individualidade alheia, pois não sabemos amar. O amor deve estar acompanhado da paz de espírito, deve ser justo, deve contribuir para o bem estar verdadeiro.
O que chamam por ai de amor, nada mais é que paixão, eterna paixão. Podendo ter estágios diferentes, porém, sempre será paixão. Pois ela nos pertence, o amor não. Este é supremo, inalcançável.
Alguns chamam paixão o estágio que precede o amor. Dizem que dura cerca de dois anos, após esse tempo, se o casal permanecer junto é porque avançaram para a fase do amor. Piada! Continuo chamando de paixão tudo aquilo que se sente numa relação: atração física, admiração pela personalidade, respeito ao modo de viver (não completamente), desejo de convivência, vontade de compartilhar muitos momentos felizes, necessidade de atenção do outro, vontade de constituir uma família, etc.
Bem, mas respeitar a opinião alheia também é válido, afinal, cada uma tem seu jeito de pensar.
E esse é o meu, o qual considero mais verdadeiro comigo mesma!
Boa noite.

3 de agosto de 2010

A perda

Ela era jovem, bonita, inteligente e casada. Chamava-se Júlia, por quem Pedro havia se apaixonado.
Ele não pensava em se relacionar naquele momento, mas o destino havia lhe pregado uma surpresa. Pedro era formado em administração e foi contratado por um banco, mas tinha que se mudar para uma cidade vizinha.
Com a mudança de vida, Pedro estava se sentindo bem, satisfeito. Até que se deparou com uma linda mulher de cabelos longos e negros, pele rosada e de corpo perfeitamente esbelto, empenhada, trabalhando em seu computador. Quando a viu pela primeira vez, seu coração palpitou de forma estranha.
“Na primeira vez que a vi meu corpo parecia querer se dirigir a ela como se tivesse um imã me atraindo; fitei meus olhos nela como se fosse a certeza de que a felicidade estava mais perto do que nunca em mim”, disse ele com um brilho no olhar.
Os dois apenas se viam quando Pedro precisava ir até a sessão de recursos humanos, onde ela assumia a função de gerente de relacionamentos, porém nunca haviam sido apresentados formalmente.
Um dia de chuva contribuiu para dar início a uma história inesquecível para a vida de ambos. Ele havia deixado seu carro na oficina para revisão, enquanto caminhava a procura de um táxi, ela ofereceu-lhe uma carona, que lhes proporcionou o começo de uma amizade em que os dois cada vez mais sentiam-se envolvidos a cada timbre de voz que soavam.
A companhia até o apartamento de Pedro foi suficiente para que os dois se conhecem. Incrivelmente havia uma ligação entre eles que não se explicaria facilmente. Surgiu uma cumplicidade grande que fez com que se tornassem amigos, ao ponto dele ser convidado para jantar na casa dela no dia de seu aniversário, juntamente com outros amigos mais íntimos e o esposo.
Embora não agradasse o fato dele vê-la abraçada ao marido, Pedro resolveu ir ao jantar pelo simples desejo de participar de um momento importante da vida dela. Cada vez mais sentia-se envolvido.
As noites solitárias faziam-no refletir sobre como ele poderia conquistá-la e tinha noção de que não seria uma tarefa simples. Júlia casou-se há menos de três anos, o que dava a idéia de uma relacionamento banhado na paixão forte que afeta os novos casais. Mas eles trocavam olhares desconfiados, assustados.
Pedro, então, tomou coragem e a convidou para sair na sexta feira, depois do expediente. Claro, com a desculpa de que seriam apenas umas horas de diversão fora da rotina do casamento; nada mais que amizade. Ela aceitou, escolheu onde ir, mas deixou claro que só ficaria lá por duas horas, no máximo, pois precisava voltar para casa cedo, antes que o marido desconfiasse de qualquer coisa.
Foram a um restaurante um pouco distante do bairro em que ambos moravam, dançaram ao som de músicas dos anos 70, embalados por covers do Led Zeppelin e David Bowie; beberam alguns drinks especiais e nem notaram o tempo passar. Já ia bater meia noite quando Júlia percebeu a hora e quis voltar para casa.
Ao se despedirem, um beijo não escapou. Rápido, porém, desejado por eles. Fez-se silêncio e cada um seguiu para sua casa.
No domingo seguinte ela foi a casa de Pedro; queria conversar sobre o que aconteceu; queria desculpar-se pelo beijo e por, de certa forma, permitir que ele tivesse acontecido. Foi então que ele declarou todos os seus sentimentos a ela, que se assustou pois não tinha noção do quanto Pedro estava envolvido. Correu, bateu a porta, foi-se.
Durante três meses os dois se encontravam pelo menos duas vezes na semana. Fingiam apenas amizade de trabalho; empenhavam-se em ser discretos no meio profissional, mas sentiam-se cada vez mais atraídos um pelo outro. Aquela paixão aumentava de forma devastadora.
Certo dia, Pedro lhe propôs ficarem juntos; não havia mais dúvidas do quanto ele a amava e queria a qualquer custo lutar por ela. Quis saber a posição dela e após uma longa conversa sentiu-se como se tudo não tivesse mais sentido.
Júlia estava grávida de 2 meses de seu marido e, ainda pior, gostava muito dele e não pretendia deixá-lo naquele momento. Teve de ser sincera consigo e com ele, apesar de se sentir abalada, era uma decisão a qual ela já vinha pensando antes mesmo dele se manifestar.
Apenas por mais duas semanas Pedro e Júlia se encontraram.
Hoje ele ainda tenta aceitar a situação, mas sente-se sozinho, sem vontade de conhecer novas pessoas e a dor da perda lhe consome todos os dias.
Júlia pediu transferência e hoje vive em outro estado. Não manteve contato com ele, que espera a qualquer momento uma telefonema de arrependimento.

1 de agosto de 2010

Envolve-se

Te vejo de longe
sinto uma vontade
mas lembro que não posso
pois estou no lugar errado.
Nesse momento, prefiro desviar
o meu olhar,
porém, canta meu coração
a canção que fizeram pra gente.
Não posso permitir
que de mim parta toda essa ansiedade!
Meu querer é dominado mais uma vez pelo seu;
só por um instante penso em te seguir,
o que seria em breve um tormento,
pois a dúvida me toma,
me impedindo de decidir,
de escolher
entre o casual e o passageiro,
que se assemelham apenas por me envolverem.

Me explico

Te gosto pelo teu sorriso,
pela tua pele,
pelo teu calor.

Há um desejo incessante de tê-lo em mim
todos os momentos de minha vida.

Mesmo não sendo isso possível,
meu coração se alegra ao saber que
tu existes,
que teus pensamentos se voltam para mim.

Te gosto pela tua calma,
pela tua alma
que me cura da tristeza,
do ócio,
da tempestade.

No fim, me gosto por tudo isso.

29 de julho de 2010

Quando não se sabe

A gente vive pra quê?
Acordamos e seguimos uma rotinha
tentamos dar conta do que é preciso fazer
Mas o que será?
O que será de mim se deixar pra depois meu cotidiano
Se parar pra pensar que não quero mais pensar
Nem sei se tenho tempo de ser feliz
E o que é felicidade?
Encontrá-la deve ser nossa meta
Ao achá-la talvez nem a reconheçamos
e deixamos que se vá
Para que no dia seguinte
possamos questionar sobre o propósito de seguir.

28 de julho de 2010

A felicidade encontrou o medo

Eu tinha medo,
achava perturbadora.
mas quando pousou em mim
senti-me livre..

Talvez pareça um refúgio..
nem sei bem como chamá-la.
porém me fez feliz,
me fez brilhar.

Penso em dormir
e acordar pra realidade..
mas tenho medo disso continuar
e amanhã não me conter,

e me fazer sofrer.

29 de junho de 2010

Satisfação construída


Me peguei pensando em como idealizo as pessoas,
em como penso em estar com alguém pelo desejo de que a pessoa seja isso ou aquilo,
que vivo procurando nelas um desejo, uma satisfação
E percebi que me deixo de lado, me esqueço de mim.
Porque as pessoas não podem me ver como um desejo também?
Apenas eu tenho que me moldar pra que as coisas saiam como sonhei?
Na verdade isso não é real, é minha mente atuando, transformando, fazendo acontecer.
Não é espontâneo. É um erro.

27 de junho de 2010

Refugiar

De uma coisa preciso muito:
me desprender de banalidades.
Não que eu as pratique, mas é que lhes dou atenção e isso me irrita, estressa e suga.
Da próxima vez em que sentir que alguma bobagem pode me provocar, vou fingir que sou autista e me trancar no meu mundo de refúgio, pra ver se a mente descansa e relaxa.
Será que dá certo?
Acho que vou começar agora.
Boa noite.

Identidade falsificada

É tão fácil dizer que sou isso ou aquilo,
resumir-me a uma pessoa feliz, inteligente,
desligada de coisas fúteis, atenciosa, legal.
Ou dá uma de modesta e falar que não sei definir isso!
É muito fácil querer mostrar às pessoas que tenho a cabeça aberta, livre de problemas.
É tão fácil ser "poser".
Será que minhas atitudes correspondem ao que acho de mim?
Será que quando prego a paz, faço paz?
Discurso sem prática não vale nada.
Antes assumir a incompetência de ser um ser humano,
que erra, que julga, que é imperfeito, que é egoísta.
Infelizmente sonhamos mais do que fazemos!

21 de junho de 2010

Picada


A cada dia que passa, percebo ainda mais que não se pode esperar nada de ninguém.
Que perdoem alguns amigos e namorado, mas é verdade.
As pessoas reagem segundo seus interesses, por mais prestígio que ela tenha na vida de alguém, é assim que funciona.
Elas se manifestam em diferentes contextos em função de seu próprio bem estar.
Bem, estou falando isso porque nos últimos tempos venho vivendo tanta situação estranha, nova. Tenho presenciado comportamentos tão mesquinhos de pessoas com quem convivo. Não que isso pareça absurdo, mas é realmente uma novidade que assusta por acontecerem simultaneamente.
Diante disso tudo paro e penso no que as pessoas ganham desconsiderando uma pessoa dita querida por ela.
Qual será o prazer que existe no ato de menosprezar os sentimentos de alguém?
Devo ser muito ingênua por não acreditar que certas atitudes sejam normais; que nelas não há mal algum.
Bem, prefiro ser leiga nesse assunto a ser lembrada por uma maldade sem razão.
Boa noite.