20 de outubro de 2011

É de música que eu gosto

Então..
visitando sites de novos artistas dei de cara com um cara muito ótimo.
Já havia ouvido falar dele mas como sempre, só baixo o disco quando eu mesma sinto a  vontade. Aff
Pois é! Estou falando de Marcelo Jeneci. 


"Dar-te-ei a mim mesmo agora
E serei mais que alguém que vai correndo pro fim
Esse morre
envelhece
acaba e chora
ama e quer
desespera esse vai
mas esse volta"

Dar te ei


Esperança

Entre tropeços tentamos o acerto
Mas percebo que só acertaremos quando nos despedirmos
Mas o coração só nos permite errar
Exaustão, dor, choro
Esperança!
Somos tão opostos que nos igualamos.
Meu medo é não suportar,
É me entregar
Ao fim.
E nunca mais, nunca mais
Sentir o cheiro dos nossos sonhos,
Mesmo que estes mantenham sua constante distância.
No fim, só quero paz e teus beijos.

14 de agosto de 2011

Liberdade, liberdade


Quem é capaz de aceitar a liberdade sem questioná-la?
Questiono os limites da liberdade numa tentativa de compreender o direito do outro e manter uma estabilidade em qualquer tipo de relação. Encuquei esses dias com isso, então deixa eu tentar entender escrevendo.
Eu entendo que todos nós precisamos, além de nos darmos ao outro, cuidar da nossa individualidade. Afinal, temos gostos singulares, problemas pessoais, enfim.
Pra começar penso que o ser humano adora cobrar atenção, mas isso é algo que se dá quando você precisa de alguma forma ver ou falar com certo alguém . Se a atenção não acontece é porque não há esse interesse. Certo? Pensando assim, o que ganhamos ao cobrar algo que não quer vir a nós? Acredito que virá sim, mas não nos pertence, é falso, é algo improvisado e não há nada mais penoso que aceitar migalhas pra se sentir melhor, pra se enganar, na verdade.
Outro problema é a desconfiança, que não deixa de ser um dos bloqueios da liberdade. É sim, pois ao desconfiarmos de alguém estamos impondo nossa dúvida quanto ao caráter daquela pessoa, estamos sendo claros ao pensar que ela não fala a verdade e assim, estamos tirando seu direito de ser verdadeiro. Será que temos mesmo esse direito? É um julgamento sobre o outro, alguém que tem seu individualismo e precisa utilizá-lo como quiser. A desconfiança nos aprisiona, pois estamos em constante vigilância sobre os passos alheios, observando e concluindo o que queremos. Como se nossa concepção do que é ou não certo fosse o certo.  É bem egoísta crermos no que pensamos.
Se gosto, quero cuidar, mas também quero dar e ter liberdade pra sermos quem somos  o tempo todo. Mas é tão complexo pensar assim, é tão mais difícil agir assim e estar bem com nós mesmos no final. É praticamente aceitar que tudo pode acontecer, pois ninguém tem o direito de impedir o outro de fazer o que quer. Tudo bem, se não somos obrigados a aceitar, é só terminar a relação. Mas e se eu considerar que aquela pessoa faz parte de mim, que vale mais a pena o que somos um pro outro do que se prender aos problemas de nossas individualidades? Então é preciso aceitar a condição. Mas aceitar por obrigação não nos faz bem e então como fica nossa mente? Uma confusão.
Meu questionamento é: conseguimos entender as razões pra se respeitar a liberdade de ir e vir, mas conseguimos viver bem com isso?
Aos poucos tento entender essa ideologia, aos poucos consigo. Mas ainda sinto medos, tensões..

4 de junho de 2011

Se chorar beba a lágrima - Os Novos Baianos

Não chore meu amor meu amor
Não chore
Não chore meu amor não chore
A lágrima é a água da fruta que você chupou
A lágrima é a água da fruta que você chupou
A lágrima é a água da fruta que você chupou
E a lágrima é a água da fruta que você chupou
Não chore meu amor
Não chore
A lágrima é a água da fruta que você chupou
É, a lágrima é a água da fruta que você chupou
Não chore meu amor
Não chore
Não chore meu amor
Não chore
Faz como o risonho
Que só no intuito de desopilar do fígado virou palhaço
O circo pegou fogo e ele riu, rindo
E a mulher mal no hospital viveu morrendo de rir
Só porque risonho sabe que é um sonho
Não chore meu amor
Não chore
Porque é um sonho meu amor

4 de maio de 2011

Dor alheia?

De vez em quando me deparo com situações de teste. Sobre solidariedade, preocupação e senso de ajuda. Tiro notas ruins, em geral.
Hoje o que aconteceu está me incomodando até agora, mas não chega ao ponto de eu tomar uma atitude séria. Covardia, hipocrisia.
Um cão na rua, de pêlos negros, brilhantes. Deitado na calçada de frente a minha casa, com carinha de cachorro molhado, literalmente. Parece faminto; parece doente. Talvez tenha dono e esteja perdido, longe do conforto de casa.
Aquele olhar era familiar, parecia meu Billie Joe quando me olha carente. Fiquei olhando-o por uns minutos e pensando no que poderia fazer. Algo era preciso fazer. Mas o quê? Pensei em dar algo para comer, mas ele poderia me atacar. Primeiro eu, depois o bicho? E se eu o alimentasse, ficaria de plantão no meu portão esperando mais, irritando meus dois cães egoístas?
De repente ele se levantou. Esquelético, andava devagar com  as genitais expostas. Estranho. Parecia excitado. Deve ser alguma doença, só pode!
Enfim, entrei e tentei encontrar uma solução. Por que não o centro de zoonose? Liguei, chamou, chamou, desliguei.
Agora estou aqui envolvida nessa desgraça de pensamento que não me deixa fazer nada, a não ser lamentar minha covardia imaginando a morte do cachorro de rua. Sou má, é fato. É triste.

3 de maio de 2011

Perdida

Sentada na biblioteca, de frente para o corredor.
Passam pessoas, passam mais pessoas.
Elas olham para mim, devolvo o olhar.
Algumas fingem não me conhecer enquanto outras parecem querer gritar sua presença. Meu colega acenou pra mim.
Então olho pro lado, uma menina está concentrada. Em quê? Ela morde os lábios e lê com cinismo. Estará estudando cálculo?
Lá vem um outro grupo falando alto como se estivessem num shopping. Falam do professor, da matéria, do novo casal.
Meu Deus, quanta gente diferente. Ótimo.
Minha concentração já se foi desde que comecei a escrever. Sobre o quê?
Há tanta gente, há tantas idéias, há tanto o que conhecer. Perdi o fôlego. Vou pra casa.

18 de abril de 2011

Educamar

Quando questionada numa avaliação sobre qual o papel do professor na busca pela melhoria de uma educação de qualidade, fiquei pensativa por uns instantes, pensando e repensando como eu faria; o que faria e se faria. Porque você sabe, não é? Na teoria, é muita ideologia. Mas e na prática? Naquele momento me perguntei se tudo o que estudo realmente um dia executarei, claro, levando em conta meus sonhos, desejos e blá blá blá.
Bem, aprendemos  que deve o professor estimular seus alunos a uma aprendizagem enriquecedora, que leve-os a pensar suas atitudes perante a sociedade, para que o faça de forma crítica, consciente e responsável com o meio em que está inserido. Beleza, todo educador diz as mesmas coisas. E eu? O que digo, além disso?
Não sei! Pois tudo o que sei são regras. Não as inventei, por isso não considero idéias próprias, apesar de concordar com quase todas.  Porém, antes de qualquer intenção que beneficie o ensino, é preciso compreender que cada aluno é um ser que precisa de atenção especial, por mais difícil que seja atender cada um com prioridade, mas em algum momento o professor pode sim olhar diferente o contexto de vida de cada um deles. Acho que ensinar requer cuidado, cuidar. É saber perceber que todo indivíduo carrega consigo características próprias, defeitos, qualidades, problemas, etc. O que pretendo dizer é que não basta ter o conhecimento sobre metodologia, didática, conteúdo. Vale mesmo é se apaixonar pela arte de educar e fazer dessa profissão um ato corajoso de transformar vidas.
A Educação pra mim encanta. Diverte-me pensar em resultados diante do “processo de ensino e aprendizagem”, tão citado entre nós desta área. Como muita gente, tenho um pouco de medo de encarar uma turma sozinha, como professora titular. Mas, se o projeto ao qual nos dedicarmos for de nosso interesse mesmo, os fins serão satisfatórios e como tantos colegas afirmam, é recompensador, apesar das dificuldades.
Aos educadores amigos e desconhecidos, um abraço.



Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Geraldo Vandré

17 de abril de 2011

Trocas

Certo dia era aniversário de sua melhor amiga. Correu, preparou tudo e logo organizou uma linda festa. Os amigos mais íntimos chegaram quase que ao mesmo tempo. Esconderam-se.
E então: surpresa; parabéns pra você; etc...
Semanas depois nenhum presente, apenas um singelo feliz aniversário. Disse-me:
-Por que ela também não fez algo especial pra mim depois do tempo que dediquei-lhe naquele dia?

***

Ao ouvir essa frase me enchi de indignação, mas não uma indignação hipócrita. Mas aquela que faz a gente acordar pros nossos comportamentos quando vemos outra pessoa fazer determinadas coisas e reconhecemo-las como nossas também.
Quantas vezes nos pegamos cobrando das pessoas um favor qualquer, seja um conselho, atenção em horas difíceis, empréstimo de dinheiro ou roupa, qualquer coisa.
Paremos tudo e analisemos como somos. Que espécie de ser nós somos.
Interesseiros.
Mas reconhecer esse defeito, só por ser humano merece conformismo? Devemos mesmo aceitar esse fato e seguir adiante?
Não.
Há tanta gente igual no mundo. Há tanta gente ruim.
Não quero ser igual, não nas coisas mesquinhas, que são inúmeras.
Joguemos fora o egoísmo. Tentemos, ao menos, ser menos interesseiros.
Faça o que quiser a alguém por prazer de ver essa pessoa bem e jamais pense que ela possa fazer o mesmo por você.
Garanto que você se sentirá melhor. 
Eu não aprendi isso na igreja, mas a moça lá de cima reza todo dia.


(Já citei em algum texto deste blog que não podemos esperar nada de ninguém. O que fazemos pelos outros precisa ser feito de coração, sem pretensões futuras. Se não quiser se decepcionar, pense nisso.)

E agora?

Elas se questionavam:
Mas como podem ter feito isso com a gente?
                                                         Terremotos.
Que seres são esses que prejudicam, que nos matarão?
Mas por quê?
Não pensaram na dor, nas perdas, nos choros?
                                                       Efeito estufa.
Foram egoístas, acho até que riram da gente.
E agora estamos  envolvidos em sangue, tragédia, medo.
                                                     Guerras.
Temos medo do amanhã, já não poderemos viver com alegria.
Como eles por milênios viveram.
A tensão pairou por aqui.
                                                   Enchentes.
E estava escrito que a humanidade passaria por tudo isso, mas não perceberam que eles mesmos provocaram isso:
                                                 O apocalipse.

Acerca do legado que a humanidade aprimora a cada dia aos nossos filhos, netos, bisnetos.; acerca de degradação ambiental.

22 de março de 2011

Incertezas Cotidianas

Sabe, é tudo tão complicado
viver é bem difícil; nunca poderemos descobrir como controlá-lo.
Comparo essa inconstância com a dor que a morte nos presenteia quando perdemos alguém
É então que nos tocamos da nossa não autonomia;
fraqueza; inutilidade perante as dificuldades.
Para a vida não há regra; é tudo incerto.
Tudo pode mudar.
A solução é não se apegar ao material, às pessoas.
É curtir o presente sem medo do que poderá vir.
Não seja tolo(a), bem e mal são comparsas
ou seja, se reversam em nossa vida.
Os dias são de sol ou chuva.
Esteja preparado(a).

19 de fevereiro de 2011

Ela.Flor.

Ela irradia sorrisos a todo tempo.
Gosta das piadas alheias e sobre ela própria.
Seus cuidados são tantos
que se perde entre as preocupações.
Uma cor de ébano apaixonada,
Feliz e agradecida pelo que tem.
Guerreira.
Sabe lutar pelo que deseja:
Coisas simples, porém de grande valor para ela.
Todos os dias o carinho maior vem tarde da noite:
um beijo.
Um costume que renova todas as esperanças de mais amor pro dia seguinte!


---------------------------------------------------------------------------
Dedicado a minha mamis!!

24 de janeiro de 2011

É agora!

Talvez a gente espere demais do futuro.
Talvez pensemos demais no passado.
Por que não aproveitar quem somos agora?

É difícil não se preocupar com nossa vida no futuro, pois claro que precisamos planejar. É uma forma de buscar garantir a realização de nossos desejos e sentir-nos de alguma forma satisfeitos. Tudo bem!
O problema é quando não nos damos conta de que esse futuro já pode ter chegado, ou pelo menos uma parte dele e ficamos esperando, esperando..
Reconhecer prazeres reais às vezes é difícil, principalmente pras pessoas mais frias e ambiciosas. Nunca está bom o suficiente e querem mais e mais. Deixam de aproveitar para pensar, pensar...
O passado também atrapalha ou ofusca uma possível felicidade, pois pra muita gente a nostalgia é o que lhe dá força para viver. Parece uma contradição, mas é isso mesmo. A saudade incrivelmente alimenta muita gente; como se determinada vivência tivesse sido seu único momento de satisfação. Eu diria que é como se ninguém tivesse a oportunidade de ser feliz várias vezes e tende a querer guardar o que passou pra sempre. O que não é verdade. A felicidade a gente é quem faz quantas vezes quiser. Isso de sentir-se menos privilegiado é bem depressivo; não caia nessa.

Desacredito que seja a vida assim tão cruel;
Prefiro acreditar que todo tempo é válido, aproveitável, lindo.
Perceba as coisas boas a sua volta.
Não sofra em vão por fantasmas e nem peque pela ansiedade. Talvez o futuro não mais te pertença no próximo segundo.
Enxergue a vida com o coração...

-----------------------------------
Essa postagem foi bem auto-ajuda
=P

12 de janeiro de 2011

Sensação de verão

Nos dias chuvosos ou apenas nublados
Tenho a sensação de paz e não de tristeza, como todo mundo.
O cheiro de terra molhada e os pingos caindo como se dançassem
Deixam-me vidrada na janela, espiando aquela paisagem.
A sonoridade que a Chuva provoca parece me mostrar a existência divina.
É nesse momento em que me conheço melhor,
Reconheço-me.
Sou tomada de uma sensação estranha, porém calmante
A mente dispara e logo vêm tantas lembranças, tantos lugares.
Tantos reencontros.
 Então abre-se o Sol e acordo.

10 de janeiro de 2011

Saudade

Como a luz do sol
que ilude a visão quando encarada
assim é, pra mim, sua presença.
E ausência.

É como apreciar uma música,
prender-se às notas que lhe cabem.

Seu sorriso me transfere energia e
aumenta nossa cumplicidade;
é ainda mais cativante quando exclusivo.
Quando no íntimo.

Ah, que falta faz seu abraço
que me protege e acalma.
Me deixa mansa.

Vem, meu Bem
volta àquela que é sua
traga o que de novo encontrou nessa viagem
E então viveremos o que de oculto podemos proporcionar ao outro.

Vem, vamos ver o mar
Vamos nos reapaixonar.

-----------------------------------


Nota: Esse post é dedicado à A.C.G