18 de abril de 2011

Educamar

Quando questionada numa avaliação sobre qual o papel do professor na busca pela melhoria de uma educação de qualidade, fiquei pensativa por uns instantes, pensando e repensando como eu faria; o que faria e se faria. Porque você sabe, não é? Na teoria, é muita ideologia. Mas e na prática? Naquele momento me perguntei se tudo o que estudo realmente um dia executarei, claro, levando em conta meus sonhos, desejos e blá blá blá.
Bem, aprendemos  que deve o professor estimular seus alunos a uma aprendizagem enriquecedora, que leve-os a pensar suas atitudes perante a sociedade, para que o faça de forma crítica, consciente e responsável com o meio em que está inserido. Beleza, todo educador diz as mesmas coisas. E eu? O que digo, além disso?
Não sei! Pois tudo o que sei são regras. Não as inventei, por isso não considero idéias próprias, apesar de concordar com quase todas.  Porém, antes de qualquer intenção que beneficie o ensino, é preciso compreender que cada aluno é um ser que precisa de atenção especial, por mais difícil que seja atender cada um com prioridade, mas em algum momento o professor pode sim olhar diferente o contexto de vida de cada um deles. Acho que ensinar requer cuidado, cuidar. É saber perceber que todo indivíduo carrega consigo características próprias, defeitos, qualidades, problemas, etc. O que pretendo dizer é que não basta ter o conhecimento sobre metodologia, didática, conteúdo. Vale mesmo é se apaixonar pela arte de educar e fazer dessa profissão um ato corajoso de transformar vidas.
A Educação pra mim encanta. Diverte-me pensar em resultados diante do “processo de ensino e aprendizagem”, tão citado entre nós desta área. Como muita gente, tenho um pouco de medo de encarar uma turma sozinha, como professora titular. Mas, se o projeto ao qual nos dedicarmos for de nosso interesse mesmo, os fins serão satisfatórios e como tantos colegas afirmam, é recompensador, apesar das dificuldades.
Aos educadores amigos e desconhecidos, um abraço.



Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Geraldo Vandré

17 de abril de 2011

Trocas

Certo dia era aniversário de sua melhor amiga. Correu, preparou tudo e logo organizou uma linda festa. Os amigos mais íntimos chegaram quase que ao mesmo tempo. Esconderam-se.
E então: surpresa; parabéns pra você; etc...
Semanas depois nenhum presente, apenas um singelo feliz aniversário. Disse-me:
-Por que ela também não fez algo especial pra mim depois do tempo que dediquei-lhe naquele dia?

***

Ao ouvir essa frase me enchi de indignação, mas não uma indignação hipócrita. Mas aquela que faz a gente acordar pros nossos comportamentos quando vemos outra pessoa fazer determinadas coisas e reconhecemo-las como nossas também.
Quantas vezes nos pegamos cobrando das pessoas um favor qualquer, seja um conselho, atenção em horas difíceis, empréstimo de dinheiro ou roupa, qualquer coisa.
Paremos tudo e analisemos como somos. Que espécie de ser nós somos.
Interesseiros.
Mas reconhecer esse defeito, só por ser humano merece conformismo? Devemos mesmo aceitar esse fato e seguir adiante?
Não.
Há tanta gente igual no mundo. Há tanta gente ruim.
Não quero ser igual, não nas coisas mesquinhas, que são inúmeras.
Joguemos fora o egoísmo. Tentemos, ao menos, ser menos interesseiros.
Faça o que quiser a alguém por prazer de ver essa pessoa bem e jamais pense que ela possa fazer o mesmo por você.
Garanto que você se sentirá melhor. 
Eu não aprendi isso na igreja, mas a moça lá de cima reza todo dia.


(Já citei em algum texto deste blog que não podemos esperar nada de ninguém. O que fazemos pelos outros precisa ser feito de coração, sem pretensões futuras. Se não quiser se decepcionar, pense nisso.)

E agora?

Elas se questionavam:
Mas como podem ter feito isso com a gente?
                                                         Terremotos.
Que seres são esses que prejudicam, que nos matarão?
Mas por quê?
Não pensaram na dor, nas perdas, nos choros?
                                                       Efeito estufa.
Foram egoístas, acho até que riram da gente.
E agora estamos  envolvidos em sangue, tragédia, medo.
                                                     Guerras.
Temos medo do amanhã, já não poderemos viver com alegria.
Como eles por milênios viveram.
A tensão pairou por aqui.
                                                   Enchentes.
E estava escrito que a humanidade passaria por tudo isso, mas não perceberam que eles mesmos provocaram isso:
                                                 O apocalipse.

Acerca do legado que a humanidade aprimora a cada dia aos nossos filhos, netos, bisnetos.; acerca de degradação ambiental.