3 de maio de 2011

Perdida

Sentada na biblioteca, de frente para o corredor.
Passam pessoas, passam mais pessoas.
Elas olham para mim, devolvo o olhar.
Algumas fingem não me conhecer enquanto outras parecem querer gritar sua presença. Meu colega acenou pra mim.
Então olho pro lado, uma menina está concentrada. Em quê? Ela morde os lábios e lê com cinismo. Estará estudando cálculo?
Lá vem um outro grupo falando alto como se estivessem num shopping. Falam do professor, da matéria, do novo casal.
Meu Deus, quanta gente diferente. Ótimo.
Minha concentração já se foi desde que comecei a escrever. Sobre o quê?
Há tanta gente, há tantas idéias, há tanto o que conhecer. Perdi o fôlego. Vou pra casa.

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